Fraude eletrônica – Diferenças e como se proteger

A fraude eletrônica é um crime que ocorre quando uma pessoa mal-intencionada obtém acesso a informações confidenciais fornecidas pela própria vítima ou por terceiros. 

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Essas informações podem ser obtidas por meio de técnicas de engenharia social, como phishing, smishing, vishing e roubo de identidade.

Com o crescente número de pessoas que utilizam meios digitais para realizar transações financeiras, é importante estar ciente dos riscos envolvidos na realização dessas transações. 

É importante ter cuidado e estar atento a possíveis golpes e fraudes eletrônicas. 

Prossiga a leitura e entenda qual a diferença entre a fraude eletrônica e a fraude que ocorre por meio do furto qualificado, além de dicas para se proteger de ambos.

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O que são fraudes eletrônicas?

Este é um crime introduzido pela Lei 14.155 de 2021, no artigo 171, §2º-A.

Dessa forma, trata-se da fraude cometida com o uso de dados fornecidos pela vítima ou por terceiro que foi induzido ao erro.

Ocorre através do envio de correio de voz, contatos telefônicos, redes sociais ou qualquer outro meio fraudulento análogo.

A lei prevê pena de reclusão de 4 a 8 anos e multa.

Portanto, podemos incluir anúncios falsos em redes sociais, contatos fraudulentos pedindo informações pelo WhatsApp e links corrompidos no e-mail.

Aqui, devemos diferenciar a fraude eletrônica do furto mediante fraude (qualificado).

Note que no caso das fraudes eletrônicas, a vítima tem um papel porque fornece os seus dados, por mais que seja de forma inconsciente.

Já no caso do furto mediante fraude, a vítima não participa da conduta e tendo em vista que ocorre por meio da internet, não há emprego de violência.

Neste caso, os dados são roubados por um hacker, por exemplo.

Lembre-se de que no furto qualificado, que não ocorre no ambiente digital, acontece o rompimento, quebra e destruição de algum obstáculo que impedia que o bem fosse levado.

Por exemplo, quando um ladrão invade uma casa e leva os bens de uma família, este é um furto qualificado porque ele teve que transpor um obstáculo como um portão.

O mesmo ocorre no furto mediante fraude ou furto qualificado da internet.

O ladrão deve transpor a barreira invisível que protege os dados da vítima.

Como funciona uma fraude eletrônica?

Ficou confuso? Deixo-nos te dar um exemplo para a melhor compreensão:

Vamos supor que Clara seja muito ativa em suas redes sociais.

No Instagram, ela posta todas as suas conquistas, viagens e fotos de jantares.

Além disso, no LinkedIn a moça coloca seus projetos, promoções e contatos como telefone ou e-mail para ter acesso a oportunidades ainda maiores.

Há um mês, Clara estava com as malas prontas para fazer a viagem dos sonhos ao Canadá, mas recebeu um SMS indicando que sua conta seria bloqueada.

Preocupada, ela acessa o link e indica os seus dados como CPF, agência, conta e endereço a fim de resolver o problema.

Continuação do exemplo de fraude eletrônica

15 dias depois, a moça recebeu um e-mail da fabricante da sua moto, convidando ela para um evento de lançamento de um novo modelo.

Tendo em vista que este evento era para um público exclusivo, ela teria que entrar na lista de espera respondendo uma pesquisa acerca do seu padrão de vida, investimentos e faixa salarial.

Ela gostaria de investir em uma moto melhor, então esta é uma excelente oportunidade.

Alguns dias passaram e Clara recebeu a ligação do seu banco. 

O atendente pretendia fazer a confirmação da sua compra de um alto valor no cartão de crédito, mas não foi ela quem efetuou a compra.

Rapidamente, para que o bloqueio do cartão seja feito pelo atendente, Clara informa seus dados do cartão e a senha da conta.

Tendo em vista o tema do nosso conteúdo de hoje, você já estava pensando: esta é uma fraude eletrônica!

Mas, gostaríamos que você entendesse o seguinte: os golpistas são sutis.

O SMS do banco, e-mail do fabricante da moto e a ligação eram remetentes falsos que usavam várias estratégias para ter acesso aos dados de Clara.

Portanto, lembre-se de que os golpistas usam ações isoladas que dificilmente causam suspeita nas vítimas.

Dicas para se proteger de fraudes eletrônicas

Em primeiro lugar, devemos falar o clássico: não compartilhe os seus dados e informações pessoais com ninguém.

Por exemplo, em contato com um atendente de banco, você nunca precisará fornecer a senha do seu cartão ou da sua conta. 

Se um atendente pedir qualquer senha, trata-se de uma fraude eletrônica!

Isso ocorre devido às medidas de segurança adotadas pelas instituições financeiras, que visam proteger os dados dos seus clientes. 

No entanto, quando falamos sobre dados, não nos referimos somente às senhas, como também às informações que você compartilha online. 

Essas informações podem incluir detalhes sobre a sua vida pessoal, como onde você trabalha ou mora, seu número de telefone, e-mail, amigos e parentes mais próximos e seus principais interesses.

É importante lembrar que, ao compartilhar essas informações online, você pode estar expondo-se a riscos desnecessários. 

Sendo assim, é fundamental ter cuidado com a autoexposição na internet e fornecer dados como telefone e e-mail somente em momentos necessários. 

Inclusive, como dica para se proteger de fraude eletrônica, jamais abra e-mails duvidosos ou mensagens de procedência estranha no seu celular.

Sempre desconfie de mensagens que parecem suspeitas ou fora do comum, como por exemplo “atualize seu cadastro” ou “você ganhou um cartão com limite de R$5 mil”. 

É importante lembrar que, na maioria dos casos, os bancos informam os meios pelos quais você pode atualizar o cadastro ou habilitar um novo cartão, e esses meios geralmente não são o telefone ou e-mail.

Para realizar serviços financeiros com segurança, é recomendável usar canais oficiais tais como o internet banking, aplicativo ou a própria agência do banco.

Caso você tenha dúvidas ou suspeite de alguma mensagem, o melhor a fazer é evitar abrir a mensagem e entrar em contato com o banco através de um canal confiável.

Demais dicas para se proteger de fraude eletrônica

Cliquei no link que me enviaram, e agora?

Analise o site em si, buscando por erros de português e fotos de má qualidade.

Esses são apenas alguns indícios de sites fraudulentos, que foram desenvolvidos de maneira amadora a fim de aplicar golpes. 

Entretanto, há outras formas de identificar um site falso.

Por exemplo, uma estratégia muito comum entre os golpistas é criar um site imitando o site de um banco. 

Os sites fraudulentos podem ter uma aparência semelhante ao site original, mas geralmente apresentam algumas diferenças. 

Por exemplo, o logotipo pode estar ligeiramente diferente ou a URL pode conter erros ortográficos.

Como resultado, um e-mail ou SMS é enviado a fim de te guiar ao site falso e possibilitar a fraude eletrônica. 

Você pode acessar o link e imaginar ser este um site legítimo, mas na verdade é uma cópia que foi criada para obter suas informações confidenciais. 

Este tipo de site também apresenta muitos erros ou problemas técnicos, como páginas que não carregam corretamente ou botões que não funcionam.

Ou seja, você deve ficar atento aos detalhes!

Um ponto chave para a sua segurança é que você verifique a autenticidade do site antes de adicionar seus dados. 

Isso é feito ao analisar o endereço do site (URL), procurando por selos de segurança ou certificados digitais. 

Proteja-se de furto qualificado

Neste conteúdo, entendemos que fraude eletrônica e furto mediante fraude são duas coisas diferentes.

Mas, como se proteger do segundo, em que você não é responsável por fornecer seus dados?

Inicialmente, saiba que é importante adotar medidas de segurança, como usar senhas fortes e atualizá-las regularmente, para proteger suas informações pessoais online.

Sabemos que você já ouviu muitas vezes que é importante ter senhas diferentes para cada serviço que você usa. 

Afinal, muitas pessoas acham tentador usar a mesma senha para tudo, mas isso é muito arriscado.

Imagine só: se um hacker conseguir acesso à sua senha de um dos seus aplicativos ou redes sociais, terá acesso a todos os seus dados e informações pessoais.

E isso pode levar a consequências graves.

Por isso, é importante lembrar que a segurança contra fraude eletrônica ou furto mediante fraude, começa com senhas seguras e diferentes para cada serviço que você usa. 

Bem como, é importante ficar atento a outras medidas de segurança, como a autenticação em duas etapas e a verificação de segurança dos aplicativos que você usa.

Em resumo, proteger sua identidade e dados pessoais na internet é uma responsabilidade que todos devemos ter. 

E tudo começa com a escolha de senhas fortes.

Demais dicas

Outro ponto importante é ter atenção ao acessar e sair do internet banking.

Provavelmente, você está acostumado a acessar o internet banking, fazer as transações necessárias e simplesmente fechar o navegador com o botão “x”. 

No entanto, essa prática pode expor seus dados a vulnerabilidades, uma vez que não há garantias de que a sessão foi encerrada corretamente. 

Então, qual é a solução mais segura? 

É simples: basta clicar em “sair” após finalizar suas atividades no internet banking. 

Dessa forma, você pode garantir que sua conta esteja protegida contra possíveis ataques. 

Lembre-se de que ao fechar o navegador sem fazer logout, você cria uma janela de oportunidades para que os criminosos acessem suas informações e realizem transações em seu nome. 

Portanto, sempre se certifique de tomar precauções simples.

E claro, mantenha o sistema operacional e o antivírus sempre atualizados para evitar qualquer tipo de problema.

BO para se proteger de fraude eletrônica e furto mediante fraude

Estamos falando sobre o furto que ocorre exclusivamente na internet, mas é importante lembrar que existem outras formas de roubo de identidade. 

Por exemplo, uma pessoa mal intencionada pode furtar sua bolsa ou carteira em que estavam os documentos e futuramente se passar por você, já que tem todos os seus dados. 

Isto é, as consequências de ter seus documentos roubados vão muito além do transtorno de ter que fazer novos documentos. 

Na verdade, quem teve RG e CPF roubados tem o dobro de chances de ser vítima de fraude, o que pode causar prejuízos financeiros e até mesmo problemas com a justiça. 

Nesse sentido, é fundamental fazer o Boletim de Ocorrência, que não garante somente que você recupere os documentos, mas também oferece proteção em caso de uso indevido. 

Enfim, saiba que você pode optar por plataformas e serviços para garantir sua segurança contra fraude eletrônica e furto mediante fraude.

Existem diversas opções disponíveis para monitorar a segurança do seu CPF. 

Uma dessas opções é o “Serasa Antifraude”, oferecido pela Serasa.

Além de monitorar seu CPF, a plataforma oferece uma série de recursos adicionais, como a verificação do seu score de crédito e a possibilidade de receber alertas sobre possíveis fraudes em outros documentos.

É interessante porque você não deve se preocupar em acompanhar manualmente o seu CPF, já que recebe alertas a cada vez que uma consulta é feita com o seu documento.

Temos um conteúdo exclusivo sobre este recurso do site da Serasa, por isso, indicamos a visita, caso você tenha interesse.