Aumento do IOF – Saiba como pode afetar a sua vida
A partir da segunda-feira da semana passada, dia 20/09, entrou em vigor o aumento do IOF sobre as operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas.
O objetivo é de arrecadar R $2,14 bilhões a fim de custear o Auxílio Brasil, que seria a versão reformulada do Bolsa Família.
Dessa forma, hoje estamos aqui para esclarecer mais informações sobre o aumento do imposto e como isso pode afetar as suas finanças.
O que muda com o aumento do IOF?
Inicialmente, saiba que o IOF foi zerado entre os meses de abril e dezembro do ano de 2020 por conta da pandemia.
Mas, a partir do dia 1° de janeiro de 2021 voltou a ser cobrado.
Com relação ao aumento, saiba que no caso da pessoa física, as operações que envolvem crédito estão mais caras como o rotativo do cartão, cheque especial, empréstimos, crédito pessoal e financiamento de veículos.
No caso das empresas, a antecipação de recebíveis, capital de giro, bem como, algumas modalidades de empréstimo, também estão com impostos maiores.
Sendo assim, o aumento do IOF para as pessoas físicas foi de 0,0082% (alíquota anual de 3,0%) para 0,01118% (alíquota anual de 4,8%).
Já as operações para empresas tinham a taxa de 0,0041% (o equivalente a alíquota anual de 1,5%) e agora é de 0,00559% (alíquota anual de 2,04%).
Simulações do IOF para operações de crédito de R$ 1 mil
Para esclarecer com mais detalhes, vamos tratar sobre um crédito pessoal que seria pago em 12 meses.
Antes do aumento, o IOF da operação seria de R $33,73 e agora é de R $44,61, sendo que o aumento foi de 32,25%.
Além disso, vale destacar as seguintes operações:
- Rotativo do cartão de crédito (2 meses) – de R$ 8,72 para R$ 10,51;
- Cheque especial pessoa física (3 meses) – de R$ 11,18 para R$ 13,86;
- Capital de giro para empresas (12 meses) – de R$ 18,77 para R$ 24,2;
- Cheque especial pessoa jurídica (3 meses) – de R$ 7,49 para R$ 8,83;
- Rotativo do cartão PJ (2 meses) – de R $6,26 para R $7,15.
Portanto, note que estamos falando somente sobre o aumento do IOF.
Esta medida encarece os empréstimos ao mesmo tempo em que a taxa básica de juros também está subindo.
Isto é, o imposto cobrado sobre a operação aumenta, bem como os juros do banco.
O que não foi impactado pelo reajuste do IOF?
O aumento do IOF do afeta câmbio, seguro ou operações relativas a títulos ou valores mobiliários.
Sendo assim, está relacionado somente às operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas.
O que devo fazer para que o aumento do IOF não afete as minhas finanças?
No geral, é importante que você evite certos tipos de práticas financeiras como a de entrar no rotativo do cartão ou no cheque especial.
Caso contrário, você pagará por impostos e taxas altas!
Aliás, programe-se para solicitar um empréstimo somente no ano que vem porque a medida durará até o dia 31 de dezembro deste ano.
Em casos urgentes, basta recorrer a linhas de crédito que não têm IOF, como um financiamento imobiliário.